Vida de Bióloga

Ah, a correria.

A rotina, o dia-a-dia, o quase tudo igual, acabam com a gente. Mas o que me conforta é que tudo tem um fim, um propósito. E eu, com 2 empregos, trabalhando 55h por semana, fora os finais de semana em que fico preparando aula e corrigindo trabalhos de alunos, ainda assim, estou feliz. E agora em diante, um final de semana por mês é com trabalho de campo.

Eu gosto de dar aulas, e a cada dia sempre aprendo algo novo, seja com os livros, ou com meus alunos. O fato é que não quero somente ser professora. Tenho um objetivo maior, e estou trabalhando muito para isto. Meu lance maior sempre foi a pesquisa, o contato com a natureza, o trabalho de campo, os livros, as análises e a preocupação com a conservação da biodiversidade. Eu trabalho muito para poder bancar isso. E bancar no sentido financeiro mesmo: eu pago para poder ser pesquisadora.

É difícil ser pesquisador no Brasil. É preciso muitos anos de estudos e pesquisas para ter algum reconhecimento. Mas tudo começa com uma sementinha, e eu estou plantando muitas, com ajuda de pessoas mais do que especiais.

Para alguns é difícil entender o "por quê" disto tudo. Perguntas do tipo: "Mas tá, afinal pra que serve tudo isso?" ou "O que tu ganha fazendo este tipo de coisa?". Explicando: Onde me sinto melhor, desde sempre, é em contato com a natureza e o sentido maior de tudo isto, é poder fazer a minha pequena parte para a conservação da vida no planeta. Parece pieguice mas é isto mesmo. E ao final das contas, mesmo que muitos críticos digam o contrário, o melhor mesmo é trabalhar com o que se gosta. Para entender um pouco mais sobre conservação, clique aqui.

Em breve teremos o site do projeto que desenvolvemos em uma Reserva Biológica, aqui da região, e aí ficará mais fácil compreender estas coisas malucas pelas quais me interesso.

Finalizo com esta foto, tirada na 1ª Expedição que fizemos a REBIO do Aguaí, com os novos projetos (31/10 - 01/11).


Depois de todo o trabalho pesado, a gente olha pra isso, e vê que absolutamente TUDO, valeu a pena!



Antes que eu me esqueça: Ninguém constrói nada sozinho! E este caminho que estou traçando está repleto de pessoas especiais, comprometidas. A citar, em primeirissímo lugar, minha colega-parceira-bióloga Denise, que sempre embarcou nas loucuras; em segundo o meu super boyfriend, que apesar de ser da área de TI, me ajuda em absolutamente tudo! E sobre esta primeira expedição, contamos com a ajuda de um quase biomédico (Frank), uma aspirante a jornalista (Dai), uma bióloga que adora fotografar (Fran - créditos da foto acima), um biólogo que veio exclusivamente do Paraná para participar da coleta (Ademir), e um parceiro biólogo daqui mesmo (Miranda). =)
6 Responses
  1. Anônimo Says:

    Justificar os motivos de fazermos essas coisas... Tá aí algo que só biólogos devem entender...



  2. carlosjosi35@gmail.com Says:

    tenho um gamba se chama fuinha


  3. Anônimo Says:

    Com que centimetros um filhote de ganba não depende da bolsa da mãe


  4. Unknown Says:

    Ola! Resgatei dois filhotinhos de Gamba e eles não mechem as pernas traseiras gostaria de saber o porque que isso acontece. Obg


  5. gilmara Says:

    Oi tenho um filhote que estou cuidando até poder solta-lo na natureza. E hj encontrei um adulto, será que posso coloca-los juntos? Ou o adulto vai machucar o filhote?